Manutenção de cada leito de UTI Covid custa R$ 2,5 mil por dia no RN

Governo do Estado mantém 750 leitos SUS Covid. Desses, 361 são leitos críticos. A Secretaria de Saúde Pública (Sesap) confirmou que, para manter uma única Unidade de Terapia Intensiva (UTI), são gastos em média R$2,5 mil diariamente

O Governo do Rio Grande do Norte mantém 750 leitos SUS Covid em todo o Estado. Desses, 361 são leitos críticos de UTI. A Secretaria de Saúde Pública (Sesap) confirmou ao Agora RN que, para manter uma única Unidade de Terapia Intensiva (UTI), são gastos em média R$2,5 mil por cada leito diariamente. Para a estrutura, são necessários em cada leito uma cama hospitalar, ventilador pulmonar, monitor multiparamétrico e quatro bombas de infusão por leitos (em média). Ainda requer equipamentos como carro de emergência e desfibrilador para dar suporte a cada 5 leitos, além de um aparelho de raio-X portátil, exames diários de laboratório, gasometria arterial, suporte nutricional e hemodiálise. Quanto à mão de obra para atuar no serviço, são necessários médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e o suporte de nutricionistas, psicólogos e serviço social e higienistas, além dos medicamentos específicos para intubação e manutenção do estado de vigilância dos pacientes. O sistema de internação nos hospitais para tratamento do coronavírus do Rio Grande do Norte conta hoje com mais de 4 mil profissionais de saúde atuando para manter essa rede. O Ministério da Saúde autorizou mais 2,7 mil leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto em 22 estados para atendimento exclusivo aos pacientes graves com Covid-19, em caráter excepcional e temporário. Para isso, duas portarias foram publicadas em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na última sexta-feira 19. Para o Rio Grande do Norte, a Portaria nº 501/21 autoriza a instalação de 83 leitos de UTI Covid. Serão contemplados os municípios de Assu, com 10 leitos; Caicó, com 20; Parnamirim, com 10; Mossoró, com 9, Pau dos Ferros, com 3 e Santa Cruz, com 5 leitos. Já a capital potiguar terá 26 novos leitos instalados no Hospital Giselda Trigueiro. O recurso de custeio para essas unidades será de R$ 3,9 milhões. “A medida fortalece o Sistema Único de Saúde (SUS) e leva atendimento para a população em todo o país. Apesar de estados e municípios terem autonomia para criar e habilitar os leitos necessários, o Ministério da Saúde, em decorrência do atual cenário de emergência, disponibiliza recursos financeiros e auxílio técnico para o enfrentamento da doença. O objetivo é cuidar da saúde de todos e salvar vidas”, informou o Ministério, em comunicado. O pedido de autorização para o custeio dos leitos Covid é feito pelas secretarias estaduais e municipais de saúde, que garantem a estrutura necessária para o funcionamento dessas unidades. De acordo com o Ministério da Saúde, entre os aspectos observados nas solicitações de autorização estão a curva epidemiológica do coronavírus na região, a estrutura para manutenção e funcionamento da unidade intensiva e corpo clínico para atuação em UTI. Extremamente necessários para evitar uma maior crise nos hospitais, os medicamentos para intubação também preocuparam os Estados. No Rio Grande do Norte, como revelou uma reportagem do Agora RN, ainda não faltam remédios, mas há um tempo de cobertura ruim, ou seja, o tempo que o Estado tem de disponibilidade de medicamentos, considerando o estoque e o consumo, hoje é de no mínimo 15 dias. A Anvisa adotou uma série de medidas para evitar o desabastecimento de medicamentos. Os medicamentos estéreis (injetáveis) poderão ser transportados às distribuidoras e instituições de saúde enquanto as empresas fabricantes ainda realizam os testes de controle de qualidade. O medicamento, porém, só pode ser utilizado no paciente após o fabricante comunicar sobre a aprovação do produto nos testes de esterilidade, no tempo de sete dias de incubação. Atualmente, este prazo é maior. Os medicamentos estéreis são injetados nos pacientes e, por isso, precisam passar por um processo para eliminar todos os contaminantes. O encurtamento do tempo de incubação no teste não representa risco.

Reprodução: AgoraRN

Foto: Elisa Elsie/ Governo do RN

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