Polícia apreende arsenal que seria usado em ataque a presídio
Uma investigação da Polícia Civil conseguiu identificar que todo o armamento apreendido no fim de semana seria utilizado em um ataque ao Presídio de Alcaçuz, localizado em Nízia Floresta. Na ação, a PC conseguiu apreender três fuzis, coletes a prova de bala, grande quantidade de munições e 20 quilos de explosivos.
A investigação conseguiu identificar que o ataque seria exatamente na Penitenciária Estadual Rogério Continho Madruga, mais conhecida como Pavilhão 5 de Alcaçuz. Segundo a Polícia Civil, o objetivo era soltar pouco mais de 20 presos ligados a uma facção criminosa identificada como “Novo Cangaço”
De acordo com o delegado Erick Gomes, da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR), o grupo que seria solto no ataque, é especializado em ataques a bancos e carros-fortes. “A gente tinha conhecimento desse plano desde janeiro. Essa é a terceira vez que eles tentam organizar algo do tipo, porque ao longo dos últimos quatro ou cinco anos prendemos a maioria dos criminosos especializados nesses crimes e outros foram mortos em confronto”, detalhou.
O arsenal foi encontrado após a prisão de um suspeito de assalto a bancos, carros-fortes e tráfico de drogas em Alexandria, na região Oeste potiguar, no sábado, 17. Segundo a Polícia Civil, o homem levou as equipes até o local em que o material estava enterrado, na beira de um rio.
Porém, de acordo com o delegado, a Polícia Civil ainda procura pelo menos mais dois esconderijos com arsenal parecido. O delegado Erick explicou que normalmente as quadrilhas distribuem o material em pelo menos três locais separados. Por isso, ele acredita que ainda exista um vasto arsenal em poder dos criminosos.
Ainda segundo a polícia, as quadrilhas especializadas em roubo a banco também fazem parte das facções criminosas que operam o tráfico de drogas. “Com o dinheiro roubado nos ataques a bancos, eles compram mais drogas e duplicam esse dinheiro”, afirmou o delegado.
O homem preso em Alexandria, exemplificou, já havia sido preso pela Polícia Federal por tráfico internacional de drogas, e responde a pelo menos 10 processos judiciais. Segundo a polícia, como ele é um dos mais antigos em atividade, acabou assumindo a liderança do grupo no estado.
Um dos crimes com participação dele seria um ataque a banco ocorrido em outubro do ano passado no município de São Paulo do Potengi. Na operação de sábado, 17, outro suspeito foi preso em João Pessoa, dentro da mesma operação.