Prefeito Allyson Bezerra e a “politização” da saúde pública em Mossoró
O prefeito Allyson Bezerra encontrou um jeito de transformar a crise na saúde em uma ferramenta de autopromoção. A greve dos obstetras e ginecologistas do Hospital Maternidade Almeida Castro, motivada por sete meses de atraso nos pagamentos, já vinha sendo amplamente debatida. Mas bastou o prefeito tuitar sobre o assunto para que, convenientemente, sites e blogs aliados começassem a exaltá-lo como o responsável por uma decisão judicial. A determinação do juiz Magno Kleiber Maia, que bloqueou R$ 4,7 milhões das contas do Governo do Estado, virou munição para um espetáculo midiático que tenta transferir o mérito para a “pressão” do prefeito.
A narrativa de misturar política partidária com uma questão de saúde pública é gravíssima. Governar é resolver problemas, não montar palanques. A crise na saúde merece ser tratada com seriedade e ações concretas, não como trampolim para interesses eleitorais futuros. O palco para 2026 ainda está longe, mas a saúde pública exige responsabilidade aqui e agora.
Blog do Agenor Melo
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