Gás de cozinha pode ter aumento e pode ultrapassar R$90 no RN

Com mais um aumento no preço médio de venda do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) em 5,1% anunciado pela Petrobras, o preço do botijão de gás de 13, Kg, deverá chegar a casa do consumidor do Rio Grande do Norte  a um valor médio, acima dos R$ 90. A previsão inicial é de que o produto seja comercializado com o novo preço, já a partir desta quarta-feira (10), segundo o Sindicato dos Revendedores Autorizados de Gás Liquefeito de Petróleo (Singás-RN).

“Essa infelizmente é a realidade que estamos vivendo. Nós fomos novamente surpreendidos por mais um aumento da Petrobras. Esse é o 12º aumento consecutivo, e o segundo já registrado este ano”, explicou o presidente do Singás-RN, Francisco Correia.

Em janeiro, o preço médio do botijão já havia se aproximado dos R$ 90 no estado após o primeiro reajuste feito pela Petrobras ainda no inicio do mês de janeiro.

“São 12 aumentos sem justificativa nenhuma. Não houve aumento de derivado, não houve aumento de petróleo, não houve aumento de nada. O único aumento que houve foi a margem de lucro da Petrobras”,  explica Francisco Correia.

“Mas uma vez teremos  que repassar esse aumento a partir de hoje(ontem) para todo Rio Grande do Norte. Esse aumento vai variar, dependendo do município, de R$ 5 a R$ 6 de aumento, podendo chegar a ser até mais”, lamenta.

Segundo o presidente da Singás, a recomendação é de que os botijões que ainda estão em estoque nas revendedoras sejam negociados ainda pelo preço antigo e que o novo valor só seja repassado à população após isso.

Questionado sobre a participação dos impostos estaduais no preço do botijão de gás e dos combustíveis, o secretário de tributação, Carlos Eduardo Xavier, explicou que os tributos cobrados pelo Estado são relevantes, mas que a alta nos preços neste momento não tem qualquer relação com isso.

“Nós não negamos a participação dos tributos estaduais, principalmente o ICMS, na composição de preço dos combustíveis. Mas a gente tem batido na tecla ultimamente de que não há alguma alteração nos últimos meses, com esses aumentos sequentes, que justifiquem esse aumento nos preços. Isso é fruto da politica de preço da Petrobras. Essa variação ocorre por isso”, falou.

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