Médico Roncalli Cunha denuncia contratação obscura de empresa para cuidar da saúde mental em Mossoró

Uma grave denuncia como a prefeitura de Mossoró está sendo feita pelo médico especialista e psiquiatria de Mossoró, Dr. Roncalli Cunha. Ele usou suas redes sociais para fazer questionamento, sobre como está sendo conduzido o processo administrativo da nova  gestão frente ao Hospital Psiquiátrico São Camilo de Lellis.  Roncalli, disse que foi chamado para uma reunião com coordenadores da unidade e uma pessoa não identificada, que representa uma empresa contratada pela prefeitura para tratar do pagamento de serviços e horas extras dos servidores da saúde. “A princípio eu estranhei a falta de transparência desse encontro que inicialmente seria para discutir o sistema de Matriciamento em Saúde Mental, que é um sistema muito importante e complexo, que jamais foi usado em Mossoró. Esse sistema visa uma maior uma resolubilidade e abrangência no cuidado em atenção básica.

O Matriciamento em Saúde Mental, formada por psiquiatra, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, enfermeiro de saúde mental, tem por objetivo capacitar em saúde mental a nível técnico, pedagógico e fornecer apoio institucional para as equipes da atenção primária, visando a prevenção, promoção em saúde e recuperação do paciente com sofrimento psíquico. Ótimo! No entanto, sem citar nome da empresa ou dos responsáveis nos foi passado que essa empresa seria responsável por tratar desse processo. Além disso a empresa ria responsável por cuidar do pagamento dos profissionais de saúde. Achei estranho e bizarro. Essa empresa vai cuidar de todo o dinheiro da saúde em Mossoró. Pagamento de plantões de horas. Uma coisa que precisa ser bem explicada e não foi. Por que tudo que for fora da carga horária médica será extra. E ficou meio bizarro, porque o salário médio do médico especialista em Mossoró, e de cerca de R$ 1.800., e eu não sei se ninguém vai trabalhar por esse valor com essa carga horária”, destaca.

Segundo ele, a forma de trabalho apresentada pelos supostos representantes dessa empresa é uma forma perversa que penaliza os profissionais. Segundo ele, o profissional terá que passar quatro horas por dia atendendo para ganhar R$ 400. “Além disso que vai indicar o profissional para o serviço de Matriciamento, será o Serviço der Atendimento Médico (Same), que é um diretor da Same indicado e recebe pela Same. Isso é muito estranho. “Ele vai determinar as pessoas que vão trabalhar no serviço que vai ter acesso a todos os dados das unidades, e estrutura do município e eu não entendo porque essa empresa tem a ver com isso. Isso é uma trabalho da coordenação de saúde mental e não tem nada a ver com Same, então eu disse que não aceitava, um servidor municipal ser indicado e pago por uma empresa para fazer esse tipo de trabalho. Eu não fiz concurso para prestar serviço a uma empresa eu sou servidor municipal”, afirma o médico.

Ainda segundo ele, o Hospital São Camilo possui uma escala forma praticamente por clínico. Não existe essa situação em nenhum outro hospital psiquiátrico, e para tratar de doença psiquiátrica tem que ser um especialista. “É a mesma coisa de se colocar qualquer profissional de saúde na Almeida Castro para tratar de obstetrícia. Qual a grávida que vai querer ter seu filho com uma pessoa que não é especialista. Por quê a saúde mental tem que ser tratada sempre dessa forma? Sempre com descaso? A população precisa saber dessas coisas, e esse contrato com a empresa precisa ser esclarecido. Que valores são esse? Qual a referência dessa empresa”, questiona.

Segundo ele, da forma como a questão está sendo posta o médico não vai conseguir trabalhar e a empresa é quem vai lucrar. Porque prestando ou não o serviço à empresa vai receber.

Reproduzida: Oeste em Pauta

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