Turismo e setor hoteleiro tem pouca movimentação com cancelamento do Carnaval

O carnaval é considerado a maior comemoração popular do país. É o momento esperado por muita gente para viajar e aproveitar intensamente a folia. A tradição brasileira reúne multidões em diversas cidades – cenário perfeito para a transmissão generalizada do novo coronavírus. A questão sanitária resultou no cancelamento da festa deste ano.

A preocupação com a inviabilidade de grandes carnavais já estava em discussão desde o ano passado, quando governadores e órgãos de turismo e saúde se reuniram em diversos estados para discutir o cenário. Algumas das maiores festividades de rua do Brasil, como as das cidades de São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro já tinham sido avaliadas como impraticáveis, quebrando tradições que duravam mais de um século.

O prejuízo causado pelo cancelamento não se resume à saudade da folia. O carnaval movimenta a economia brasileira e é, em muitos pontos turísticos, o ápice de arrecadação anual e a maior oportunidade de novos negócios para micro, pequenos e médios empresários. Entretanto, a preocupação com a possibilidade de contágio acelerado de covid-19 em decorrência do carnaval resultou em medidas severas para o período.

Trabalhadores de diversos setores que dependem da movimentação comercial gerada pelo turismo e pelo consumo do carnaval buscam alternativas e apoio do governo para mitigar o impacto das perdas financeiras inevitáveis.

A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Norte (ABIH) registrou queda na ocupação hoteleira no ano de 2020 de 45,3%, ao se comparar com o ano de 2019. A ocupação média dos hoteis registrada no ano de 2020 no Rio Grande do Norte foi de 30,5% — sendo em Natal de 38,8% e Pipa, 39,3%. Em 2019, o ano fechou com uma ocupação média de 55,7% de leitos ocupados, sendo Natal com 64,5% e Pipa, 57%.

O presidente da ABIH-RN, Abdon Gosson, falou em entrevista ao Jornal Bom Dia RN, da Inter TV, sobre a queda de 25% na ocupação hoteleira do RN para o Carnaval 2021.

Por diversos motivos, sendo a crise da pandemia que provocou o cancelamento do Carnaval o maior de todos, os hotéis em Natal esperam uma ocupação para o feriado de 55% em média, comparando-se com 90% do mesmo período no ano passado, uma queda de quase 39%, como conta o presidente Abdon Gosson. Um número desestimulante para os empresários do setor do turismo, que é a maior indústria geradora de empregos do RN

Além disso, Abdon reafirmou que toda a hotelaria sempre trabalhou com os mais rigorosos protocolos para qualquer tipo de segurança, e por isso o setor está mais do que preparado para atender a população que queira se hospedar para aproveitar o feriado.

Por Oeste em Pauta

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